24 de out. de 2011

em tempo de guerra com as palavras
dormir é uma falta e um constrangimento

essas horas que passamos longe da vida

se pudéssemos escrever os sonhos não lembrados
se pudéssemos converter as horas não dormidas

essa vida que passamos longe das palavras

4 comentários:

NDORETTO disse...

Fome de viver!
Achar pra onde?

-Uivemos, sir!
rsr...
\O/

valéria tarelho disse...

ai, sinto exatamente isso!
são duas naturezas em conflito: necessidade do corpo x ânsia da mente, que implora saciar-se de vida ["ausente", durante o estado de latência].

e as palavras vagando, em abandono, ô dó!

por isso durmo pouco. acho o sono um desperdício ...rss

beijo, sid!

Anônimo disse...

será que é febre de poeta? fugir do sono, querer vida? durmo pouco pra aproveitar palavra, por palavra... cada sílaba.

Sidnei Olivio disse...

Durmo pouco desde sempre, coisa mais fisiológica do que de sentido. Penso, penso, penso... penso um dia existir como poeta, sem láureas, sem glórias; aí sim o despertar dos sentidos. Beijo, minhas queridas poetas e obrigado pelos comentários.
Val: esse conflito, talvez, é que lhe faz ser uma poeta maravilhosa.